Antes de responder essa pergunta é importante começar a entender o que é elementar quando se fala em diagnóstico: o sofrimento. O sofrimento é inerente à existência humana, mas também foco de atenção e intervenção da psicologia e psiquiatria.
Se entendemos que o sofrimento é inerente à nossa existência, logo, por que classificá-lo? A tentativa de nomear e categorizar o comportamento desviante e o sofrimento humano é a tentativa de compreender o fenômeno, já que para estudarmos e entendermos algum objeto de estudo é necessário anteriormente classificá-lo.
O processo diagnóstico classifica transtorno mental como uma disfunção prejudicial, multifatorial, em que a pessoa é prejudicada por tal condição e não consegue desempenhar uma função natural, trazendo consequências negativas para a própria pessoa ou para o meio no qual ela está inserida.
Entendemos que embora o sofrimento faça parte da existência humana, a psicopatologia categoriza e diagnostica com vistas a compreender qual o melhor modo disponível para tratá-lo e, por consequência, proporcionar melhor qualidade de vida àqueles que possuam condições de saúde mental.